terça-feira, 3 de julho de 2012

26 - O professor autor



Trecho do filme "Escritores da Liberdade". A professora até então enfrentava problemas na sala de aula por causa das diferenças etnicas entre os alunos. Ela se utiliza de uma dinâmica (alheia ao programa curricular da escola) para que os alunos vivenciem o fato de que eles tem muito mais semelhanças que diferenças (raciais ou etnicas).

A professora faz uso de seu espírito de liberdade para criar. Diante dos problemas que os alunos traziam para sala de aula ela define uma diferente forma de lidar com a situação dos conflitos etnicos. Ela não aceita integralmente a definição de conteúdos para uma turma porque sabe que há questões mais urgentes para serem tratados em sala.

25 - O professor pensador




No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

...

É necessário o choque do imprevisto, do inesperado, do imponderável para que pensemos o que antes não era possível pensar. O igual, o mesmo, o monótono não tem a força que a surpresa tem de nos fazer pensar o impensado.

22 - O professor leitor



Trecho do filme "Escritores da Liberdade".

Mrs. Gruwell é uma professora de literatura. Porém, bastou um desenho que satirizava características físicas de um aluno negro para que ela articulasse um discurso sobre a relação entre o desenho o holocausto.
A professora relaciona o presente e o passado, entre os conflitos etnicos da periferia de Los Angeles na década de 1990 e a perseguição aos judeus nos anos 30 e 40 na Alemanha, entre gangues e os nazistas etc.
Para tanto a professora de literatura deve ter lido um bom repertório de livros de história. A leitura possibilitou à professora não apenas a base de seu belo e exato discurso, como também deu origem ao seu Sistema Pessoal de Convicções. Sem este sistema ela não teria a base para confrontar as convicções de ódio entre os alunos.

21 - A complexidade da constituição docente


Desde a década de 1980 os novos estudos sobre o funcionamento escolar contribuiu para uma nova ideia sobre as causas do fracasso escolar. Se houve avanços neste sentido ao propor que o aluno não é o único responsável, senão o menor, pelo seu baixo desempenho por outro lado fez com que boa parte da culpa pelo fracasso escolar é do professor.

18 - A escola e as instituições culturais



Trayler do filme "Escritores da Liberdade"


Museu da Tolerância em Los Angeles (EUA).

No filme "Escritores da Liberdade" mostra uma sala de aula dividida pelo ódio racial. A configuração espacial da sala é feita de acordo com a distribuição dos diferentes grupo etnicos. A professora afim de romper as barreiras e as fronteiras entre seus alunos se utiliza de uma visita ao Museu da Tolerância que fica em Los Angeles. A visita à esta instituição ajudou a professora a desenvolver a sensibilidade dos alunos quanto às possíveis consequências do ódio entre raças ou grupos etnicos.

"Em fevereiro de 1993 foi inaugurado na cidade de Los Angeles, o Museu da Tolerância com o objetivo de educar e esclarecer sobre o Holocausto, juntamente com outras instituições ligadas ao tema, trazendo o foco para diversos episódios de destruição em massa e discriminação coletiva. Segundo o jornalista estadunidense Edward Rothstein, nenhum museu cujo tema esteja ligado ao Holocausto estaria completo sem evocar outros genocídios ocorridos no século XX - como os de Ruanda, Darfur, Camboja -, como prova de que as lições do Holocausto devem ser ensinadas com mais freqüência e seriedade."
Fonte:http://www.correiofraterno.com.br/acontece/600-tolerancia-artigo-de-museu



17 - O professor e a cidade educadora


Cidade Educadora



Ladeira da Memória

Rumo

Olha as pessoas descendo, descendo, descendo
Descendo a Ladeira da Memória
Até o Vale do Anhangabaú
Quanta gente!
Vagando pelas ruas sem profissão
Namorando as vitrines da cidade
Namorando, andando, andando, namorando
O céu ficou cinza e de repente trovejou
E a chuva vem caindo, caindo, caindo
Prendendo as pessoas nas portas, nos bares
Na beirada das calçadas
Quanta gente!
Com ar aborrecido olhando pro chão
Pro reflexo dos edifícios e dos carros
Nas poças d'água
E pros pingos, pingando, pingando, pingando
Olha as pessoas felizes, felizes, felizes
Felizes por que a chuva que caía agora pouco
Essa chuva que caia agora pouco já passou

14 - Processos de aprendizagens e implicações para a prática docente



A globalização como contexto sociocultural da aprendizagem.

"uma educação para a era relacional pressupõe o alcance de um novo patamar na história da evolução da humanidade no sentido de corrigir os inúmeros desequilíbrios existentes, as injustiças e as desigualdades sociais, com base na compreensão de que estamos numa jornada individual e coletiva, o que requer o desenvolvimento de uma consciência ecológica, relacional, pluralista, interdisciplinar, sistêmica, que traga maior abertura, uma nova visão da realidade a ser transformada, baseada na consciência da inter-relação e da interdependência essenciais que existem entre todos os fenômenos da natureza. Uma educação que favoreça a busca de diferentes alternativas que ajudem as pessoas a aprender a viver e a conviver, a criar um mundo de paz, harmonia, solidariedade, fraternidade e compaixão". Maria Cândida Moraes in O paradigma educacional emergente, Campinas, Papyrus, 1997, p. 27.

13 - A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor






Química
Legião Urbana

Estou trancado em casa e não posso sair
Papai já disse, tenho que passar
Nem música eu não posso mais ouvir
E assim não posso nem me concentrar

Não saco nada de Física
Literatura ou Gramática
Só gosto de Educação Sexual
E eu odeio Química

Não posso nem tentar me divertir
O tempo inteiro eu tenho que estudar
Fico só pensando se vou conseguir
Passar na porra do vestibular

Não saco nada de Física
Literatura ou Gramática
Só gosto de Educação Sexual
E eu odeio Química
Química
Química

Chegou a nova leva de aprendizes
Chegou a vez do nosso ritual
E se você quiser entrar na tribo
Aqui no nosso Belsen tropical

Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão
Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão
Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão
Você tem que passar no vestibular

10 - A relação entre professor e aluno

A importância dos valores no encontro

O professor Alfonso López Quintas nos ensina que a sala de aula é o lugar privilegiado do encontro entre o professor e os alunos. E destaca que este encontro é fato de destaque nas relações de ensino-aprendizagem.

9 - Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

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6 - O professor e a diversidade cultural na sala de aula

Miséria
Titãs

Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Filhos, amigos, amantes, parentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Riquezas são diferentes
O Sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferenças
A morte não causa mais espanto
O Sol não causa mais espanto
A morte não causa mais espanto
O Sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferenças
Índio, mulato, preto, branco
Filhos, amigos, amantes, parentes
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Cores, raças, castas, crenças
Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria
Em qualquer canto miséria

Lourinha Bombril
Os Paralamas do Sucesso

Pára e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo bombril
Aquela índia tem sotaque do Sul
Essa mulata é da cor do Brasil
A cozinheira tá falando alemão
A princesinha tá falando no pé
A italiana cozinhando o feijão
A americana se encantou com Pelé
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente Trazendo a solução
Livro pra comida, prato pra educação


Riquezas são diferenças. A diversidade etnica e a miscigenação brasileira são riquezas.
É fundamental, portanto, valorizar a diversidade cultural em sala de aula.

5 - O papel do professor na mediação cultural

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2 - A ação educativa ao longo da trajetória escolar



O professor e a escola tem de ter um dinamismo na educação de seus alunos. A reflexão e a discussão sobre o olhar da criança sobre a escola e seus professores também se faz necessário. Também é necessário levar em conta que se a sociedade se transforma ao longo do tempo a escola tem que se transformar com as novas concepções e valores adquiridos.


1 - Papel do professor: instruir ou educar

A Novidade

Os Paralamas do Sucesso

A novidade veio dar a praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
O mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
O, o, o, o...
De um lado esse carnaval
De outro a fome total
O, o, o, o...
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ô Mundo tão desigual...
A Novidade era o máximo...
Ô Mundo tão desigual...



Comida

Titãs

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

(...)

Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...


Entre a necessida e a vontade. Entre a comida e a arte. Entre o pão e o belo. Entre o rabo da sereia e a sua beleza. Entre o mercado e a sociedade. Entre a informação e a formação. Entre instruir e educar está o professor.